terça-feira, 24 de abril de 2012

E então a gente se pergunta...

existe vidas que se cruzam ? e então eu digo sim, eu acredito. Vidas que se cruzam para o bem, para fazer outras vidas bem. Vidas que deixam de lado bens materiais para viver a amizade.
Amizade que não precisa ser gritada, anunciada aos quatro cantos do mundo. Amizade que não requer nome, sobrenome, sigla, motivo, muito menos significado. Pois amizade a gente vive, e os outros percebem quando é verdadeira, quando é saudável.
Basta um olhar, basta. Para entender o que se passa. Basta um sorriso, sorriso VERDADEIRO, para todos sorrirem junto. Basta um abraço, basta um beijo, basta um cafuné, um cumprimento, um toque, um silêncio. Basta.
Basta ser fiel, ser o amigo e não o parceiro. Basta a palavra amiga. Basta cair junto, levantar junto, rir, chorar junto, fugir, voltar junto, correr, afundar junto, crescer, gritar, querer, sonhar, amar junto.
Amar junto, amar.

Ele vem ....

Vem devagar, chega e cabe como uma luva, vem no ritmo do coração. Aí é do seu jeito, lento, afobado, mas acredite, ele vem. Você percebe. Chega quieto, chega manso, calmo... mas derruba tudo, derruba você, derruba quem você deixar. Vem na proporção em que você acreditar que ele pode chegar a vir. Mas sem pressa, ele tem o mesmo compasso da sua paciência, ele tem mais esperança que você. Mas cuidado, ele não tem limites, e ele não avisa. Você percebe.
Acredita em algo que não tem explicação ? Ele não tem. Você tenta achar definições, mas como pra cada um é diferente você vive ele do jeito que consegue, vive ele tão intensamente, vive ele, que nem percebe que se transformou naquilo que jamais pensou ser. Não define nada assim como essas palavras que não me deixam dizer o que ele causa. É espantoso pensar que ele pode ter a fúria do mar, e a leveza de uma pena. Por isso machuca e traz felicidade. Por isso tem gente que não o aceita, que não o compreende. Digo, ele vem...Você percebe. Mas você deve ter a fúria do mar e a leveza de uma pena, você se machucará e será feliz, mas irá compreende-lo. Ele é do jeito que você quiser. 
Ele vai embora e deixa marcas e você as segue de novo sem perceber, até reencontrá-lo, e não tem como fugir, ele é paciente. E olha, se não ele não fosse algo bom ele não insistiria.
É inevitável, quando o amor chega você percebe...


@kelinjulia 

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Lamento, o tempo

Não vivi o bastante para aprender, mas aprendi com a vida. Aprendi com a minha infância, que foi maravilhosa. Enquanto minhas barbies era minhas musas inspiradoras, um simples quebra-cabeças quebrava a minha cabeça. Felizes eramos nós que não tínhamos celular e sabíamos o quanto era bom correr na casa do colega para estudar, pedir o conteúdo... Esse contato, isso nos tornava mais saudáveis. Planejar a semana para saber com quem brincar cada dia. Ah, que saudade. De quando nós vivíamos os nossos heróis, reproduzíamos as histórias dos desenhos animados, que por sinal, eram bem mais legais.
Meu computador era de papelão, meu celular tinha antena, era de plástico e tocava umas musiquinhas irritantes. Meu príncipe encantado viria num cavalo branco, e me beijaria na testa, ah! e só apareceria quando eu tivesse uns 25 anos, até lá eu estaria muito ocupada brincando.
Nas segundas-feiras aguardávamos ansiosos para encontrar os amigos na escola para contar pra onde foi com a família, do que brincou, quantos tombos caiu.
E, se me lembro, minhas únicas tristezas e desilusões aconteciam quando eu não ganhava o que imaginava de natal, quando a mãe não deixava dormir na casa da amiga.
É, improvisar, inventar, a gente sabe o que é isso. Saudade dá, porque foi bom, porque não pulamos etapas.
Não há o que dizer dessa juventude precoce de hoje, não há o que julgar, os tempos mudam. A gente só se pergunta o que eles irão contar das suas infâncias? tempos diferentes, escolas da vida diferentes. Uma coisa garantimos, tudo serviu de lição. Vivemos o bastante para aprender que não valeria a pena deixar de ser criança.

                                                          @kelinxulia